A Serra da Arrábida na poesia portuguesa

 

O centro de Estudos Bocageanos publicou neste ano de 2014 uma obra que reúne inúmeros poetas portugueses, unidos na sensibilidade à Serra-Mãe. Trata-se de uma 2ª edição revista e acrescentada de uma compilação organizada em 2002 por António Mateus Vilhena e Daniel Pires, e que responde à necessidade por muitos sentida e expressa de conhecer outros autores que tenham a Arrábida como musa inspiradora.

Fazem parte desta recolha nomes canónicos da literatura, como Sebastião da Gama, Frei Agostinho da Cruz, Teixeira de Pascoaes, Camões, D. Francisco Manuel de Melo, Miguel Torga, Alexandre Herculano, Matilde Rosa Araújo, mas também José Afonso, António Osório, Fernando Gandra, Helder Moura Pereira e ainda um vasto leque de poetas locais e regionais.

A obra inclui textos inéditos de vários autores, entre os quais Sebastião da Gama, Manuel Maria Portela, Augusto Casimiro e Inácio Monteiro, e abrange um período temporal muito lato: desde o séc. XVI até aos nossos dias.

Os poemas selecionados são antecedidos de bio-bibliografias resumidas dos seus autores, uma vez que o que se quis privilegiar foi o tema e não as pessoas. Esta obra constitui um repositório exaustivo de textos poéticos e enriquece o já de si vasto património imaterial da Arrábida.

Os autores da obra proclamam, por fim, a necessidade da declaração por parte da Unesco da Arrábida como Património Mundial, consubstanciando a singularidade de um lugar a que Teixeira de Pascoaes chamou “Altar de Portugal”.